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terça-feira, 28 de setembro de 2010

As mãos reiniciam a história

Os ladrões chegaram na madrugada.
Roubaram 30 moedas de ouro e fugiram... sem rumo.
O policial irritado, convocou toda a tropa de elite. pá, pá, pá, tomou um litro de vodca e saiu em disparada, mas caiu dois metros depois. "Ai, acho que estou tonto".
Os malandros apareceram cantando um rap. Foi a maior gozação.
O policial tentou se levantar, ah... mas o mundo estava girando. Ele via tudo em dobro: "Junta, junta" e investiu contra os bandidos, corria pra um lado, era do outro, o mundo girava e... ele caiu denovo. "Eu mato vocês!". De repente chegou o capitão vociferando: "O que está acontecendo aqui?" Os ladrões saíram de fininho. O policial, pra agradar tentou puxar uma sertaneja, mas acabou por tocar uma sinfonia...
O capitão detestou. "Ora..."
"Por favor não me mate. Olha lá um ladrão, e o outro e outro. Ai."

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A natureza no corpo em texto: "Mãos"

Ela estava entre as nuvens quando do céu se lançou.
Ganhou a vida! Ganhou família! Uma cadeira, uma mesa, tomou café e pôs-se a comemorar... mas algo estava errado! Ela tinha pena daquela gente. Ela conheceu a música, isso a fez imortal... Procurou a luz, encontrou a luz. E a música a fez dançar, a fez voar no céu dos aviões. A luz estava no alto, ela pegou num salto.
Agora se equilibrava, se superava, mas parava:
"Pra quê estamos vivendo, Nonada?"
Só que a música, a música era a luz da sua existência, mas ela estava ameaçada pelos mostros das queimadas. Da terra que soterra... que leva tudo o que foi dado, junto com o mundo, junto com céu... foi tudo renegado!

domingo, 26 de setembro de 2010

"Memórias de um Sargento de Milícias": uma ilha de ordem cercada de desordem por todos os lados.

Estou lendo pela oitava vez o livro de Manuel Antônio de Almeida e quanto mais me aprofundo na obra, mais percebo que muita gente fala pelos cotovelos sem ao menos tê-la lido pela primeira vez.
caros amigos, o google não é tudo nas suas vidas. Leia a obra, entenda, reflita.
É necessário que haja contextualização histórica, conhecimentos específicos da referida época.

Um breve passeio pela obra:
Nosso primeiro grande malandro é um anti-herói, astuto, jogador.
A obra foi escrita durante o romantismo, mas com todos esses atributos do personagem central, fica difícil encontrar um Romantismo como nas outras obras da mesma época. Trata da pequena burguesia e anula outras camadas da sociedade, como a aristocracia que comumente era a mais citada.
É um precursor do Realismo, sem ser de todo realista.
O Romance anuncia uma certa visão da sociedade, procurando traduzir aspectos e significados em termos de arte.
Ninguém é Santo, todos tem seus pontos fracos ou só pontos fracos. A maioria tem a fraqueza da carne que o autor atribui a herança portuguesa e segue-se: luxúria, tolice, vaidade, cobiça, frivolidade... um misto de cômico e grotesco.
É uma ilha de ordem cercada de desordem por todos os lados

...Mas pelo menos tem um final feliz!