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domingo, 26 de setembro de 2010

"Memórias de um Sargento de Milícias": uma ilha de ordem cercada de desordem por todos os lados.

Estou lendo pela oitava vez o livro de Manuel Antônio de Almeida e quanto mais me aprofundo na obra, mais percebo que muita gente fala pelos cotovelos sem ao menos tê-la lido pela primeira vez.
caros amigos, o google não é tudo nas suas vidas. Leia a obra, entenda, reflita.
É necessário que haja contextualização histórica, conhecimentos específicos da referida época.

Um breve passeio pela obra:
Nosso primeiro grande malandro é um anti-herói, astuto, jogador.
A obra foi escrita durante o romantismo, mas com todos esses atributos do personagem central, fica difícil encontrar um Romantismo como nas outras obras da mesma época. Trata da pequena burguesia e anula outras camadas da sociedade, como a aristocracia que comumente era a mais citada.
É um precursor do Realismo, sem ser de todo realista.
O Romance anuncia uma certa visão da sociedade, procurando traduzir aspectos e significados em termos de arte.
Ninguém é Santo, todos tem seus pontos fracos ou só pontos fracos. A maioria tem a fraqueza da carne que o autor atribui a herança portuguesa e segue-se: luxúria, tolice, vaidade, cobiça, frivolidade... um misto de cômico e grotesco.
É uma ilha de ordem cercada de desordem por todos os lados

...Mas pelo menos tem um final feliz!

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